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28 de julho de 2014

É temporário

O inverno me traz meras lembranças cuja morada é o lado esquerdo.

Dentre as inúmeras coisas que vêm acontecendo, o meu crescimento espiritual é o que transcende. A muralha - que antes me encorujava, hoje está despedaçada - caiu.
Ainda há tantas coisas para serem esclarecidas, mas eu estou tão bem, sinto que venci estes obstáculos. Venci. Depois de um longo tempo, enfim o vento está levando os seus restos de minha morada.
O tempo está passando tão rápido que chega a ser assustador, talvez essa seja a sua definição, o "bicho papão das pessoas mais velhas", diria o pequeno príncipe, o único capaz de assustar pessoas em gomos numa redoma; esse tempo tem sido tão bom pra eu enxergar tudo o que deve ser feito, me mostrando o outro lado da vida, ou talvez o único, o lado bom - antes, irreconhecível.
Tempo, tempo, tempo...
Me sinto como um animal em mudança,  tentando de tudo para se adaptar à natureza, no caso, a realidade. Como relatou Darwin.
Posso ver que quanto mais envelheço, menos me arrependo de meus erros, logo menos, os dezoito anos tão esperados - seis meses é o que falta - e uma grande reviravolta, estarei em um novo processo de mudança, será um novo ciclo.
Será engraçado viver essa experiência, durante uma época da minha vida, eu diria dos 9 aos 15 anos, tudo era motivo para me revoltar, com a família senão com o sistema. Turbilhão de sentimento de adolescente, como todos, pensam em ter o mundo, e respondem tudo à base de: sai da minha vida. E hoje, tão prestes a conseguir a doce "liberdade'', enxergo o oposto. A rebeldia se esvaiu. Muito engraçado.
Eu costumava tempestear quando me diziam: é uma fase. É uma fase! O tempo me ensinou que tudo na vida nada mais é que uma fase.
Precisei de momentos ruins para enxergar e me questionar sobre o que eu queria para mim num futuro próximo, e fiquei feliz quando percebi que tudo o que estava acontecendo ficaria no passado, pois uma nova pessoa estava renascendo. E renasceu. Eis me aqui.

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